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Módulo 3

Compreender e guiar o comportamento infantil

"No sé qué hacer cuando mi hijo tiene una rabieta"

Amiúde perguntamo-nos como conseguir que os nossos filhos e filhas façam o que devem, como conseguir que nos obedeçam, como impor-lhes limites... Na realidade, como ajudá-los a amadurecer e a crescer. Lembramo-nos dos nossos tempos como filhos e filhas e de como faziam os nossos pais para alcançar estes objetivos, mas foi já há tanto tempo! Continuam a servir os métodos deles para o mundo em que vivemos?

Por outro lado, ouvimos muitos conselhos e opiniões contraditórias relativamente a isso. A verdade é que educar não é fácil. Por isso, em muitas ocasiões duvidamos do nosso trabalho educativo, não queremos desiludir os nossos filhos, não sabemos ou não queremos dizer-lhes "não" com medo dos conflitos ou da rejeição, preocupa-nos frustrá-los ou, pelo contrário, que nos considerem demasiado estritos... Mas, claro, noutras ocasiones parece que não controlamos os nossos filhos e então gritamos-lhes, ameaçamos e castigamo-los para que aprendam, sobretudo quando a situação desemboca numa birra.

Nuestra propuesta:

Neste módulo aprenderemos que não vale tudo, se pretendemos guiar e orientar os nossos filhos e filhas no seu próprio desenvolvimento, transmitindo-lhes uma determinada forma de ver e de entender a realidade que nos rodeia, estando também atentos e escutando a sua forma de ver as cosas. As crianças têm muitas necessidades que os pais devem aprender a perceber e a satisfazer. Também é importante conhecer como se desenvolvem a todos os níveis: o desenvolvimento motor, a linguagem, a inteligência, as emoções e as relações sociais.

Em suma, a educação das crianças é como um investimento a longo prazo, já que o seu crescimento é uma longa aventura e nós, como pais e mães, devemos estar presentes para os acompanhar. Neste módulo não vamos encontrar receitas únicas que sirvam para todas as famílias, todos os filhos e todas as situações, porque o mundo familiar é diverso. Por isso, aprenderemos a valorizar a observação, analisaremos as consequências dos nossos comportamentos educativos e refletiremos sobre o que temos que decidir quando desejamos mudar as nossas vidas e nas dos nossos filhos e filhas.

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Alguns dados estadísticos

  • As birras dão-se em maior medida nos meninos e meninas entre 18 meses e 3 anos de idade. Além disso, trata-se de um acontecimento frequente na vida das crianças pequenas, já que entre 85% e 90% das crianças fizeram pelo menos uma birra na sua vida. 1
  • Tanto a ausência como o excesso de normas produzem uma baixa tolerância à frustração e são fatores que intervêm no aparecimento das birras.
    Díaz Pernas, P.; Bonet de Luna, C. (2005) "As rabietas en la infancia: qué son y cómo aconsejar a los padres", Revista Pediatría de Atención Primaria, volumen VII, número 25, páginas 67-74. (Na Internet: www.pap.es/files/1116-410-pdf/423.pdf) 2
  • A informação e o conhecimento que os pais e mães têm acerca do desenvolvimento infantil são aspetos importantes para o desempenho da tarefa parental. Diversos estudos assinalam que alguns pais e mães têm um nível de conhecimentos baixo sobre o desenvolvimento evolutivo dos seus filhos, de forma que não sabem muito bem o que é normal ou provável que aconteça com os meninos e meninas nas diferentes idades, e, assim, podem ignorar carências importantes no seu desenvolvimento ou exigir-lhes demasiado, por exemplo, coisas que ainda não sejam capazes de fazer. 3
  • A falta de tolerância à frustração parece ser cada vez mais dominante na sociedade atual. Alguns pais e mães, com o intuito dos seus filhos e filhas terem tudo o quiserem, educam-nos utilizando muito ocasionalmente a palavra "não", fomentando assim o egocentrismo, a falta de empatia e uma baixa tolerância à frustração. 4

Tremblay, R. E.; Gervais, J.; Petitclerc, A. (2008) “Prevenir la violencia a través del aprendizaje en la primera infancia”, Centre of Excellence for Early Childhood Development (Centro de Excelencia para el Desarrollo de la Primera Infancia), Universidad de Montreal.
[artículo en internet]

Díaz Pernas, P.; Bonet de Luna, C. (2005) “Las rabietas en la infancia: qué son y cómo aconsejar a los padres”, Revista Pediatría de Atención Primaria, volumen VII, número 25, páginas 67-74.
[artículo en internet]

Torrico Linares, Y.; Cañete Estrada, R.; Torrico Linares, E. (2002) “Valoración de los conocimientos de salud infantil en jóvenes universitarios de Córdoba”, Vox Paediatrica, volumen 10, número 1, páginas 37-46.
Herrera Torres, L.; Mesa Franco, M. C.; Ortiz Gómez, M. M.; Rojas Ruiz, G.; Seijo Martínez, D.; Alemany Arrebola, I. (2010) “Una aproximación al desarrollo evolutivo infantil: nivel de conocimiento y demanda de información”, Revista de Educación, número 352, páginas 219-244.
[artículo en internet]

Garrido Genovés, V. (2005) Los hijos tiranos: el síndrome del emperador, Barcelona: Ariel. Marulanda, Á. (1998) Creciendo con nuestros hijos. Colombia: Cargraphics-Imprelibros.

Objetivos do módulo

1.
Identificar as necessidades dos filhos e filhas e dar-lhes resposta de forma adequada.

2.
Conhecer os pontos marcantes evolutivos mais importantes do desenvolvimento dos meninos e das meninas durante a primeira infância.

3.
Conhecer as diferentes formas de agir dos pais e mães perante as birras dos seus filhos e filhas e refletir sobre as suas consequências.

4.
Conhecer distintos tipos de frustração e refletir sobre a importância de ensinar aos nossos filhos e filhas a tolerá-las de forma apropriada.

Perfil do utilizador

O módulo está dirigido a pais e mães com filhos/as entre 0 e 6 anos e com preocupações relativas à sua educação. Neste módulo poderão melhorar os seus conhecimentos e habilidades educativas para cuidar dos filhos, refletir sobre o seu próprio esforço educativo, partilhar experiencias com outras famílias e aprender com outros pais e mães.